Profissionais de cibersegurança são e sempre serão essenciais para organizações ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Prova disso é que, em uma lista liderada pelos Estados Unidos, o Brasil é o 10º colocado no ranking dos países que mais reportam incidentes com segurança digital, de acordo com dados do relatório FBI Internet Crime divulgados pelo Portal TI Inside. Foram 1.181 denúncias em 2022, contra 1.053 e 951, em 2021 e 2020, respectivamente. Ou seja, o risco no País está crescendo, como destaca Pietro Delai, diretor de Pesquisa e Consultoria de Enterprise da IDC Latin America.
Já um estudo do IDC Brasil Cyber Security Research 2023, divulgado pela mesma matéria do TI Inside, mostrou que os ciberataques mais comuns no País são feitos por: “ransomwares, que é sequestro de dados feito por meio de criptografia em softwares e que usa arquivos pessoais da vítima como ‘reféns’ para receber pelo restabelecimento do acesso por parte do usuário; phishing, que é uma técnica de engenharia social usada para enganar usuários na internet e obter informações confidenciais; e malwares, que são softwares não-seguros e indesejados que podem roubar informações pessoais ou danificar dispositivos.”
O estudo também apresenta que 39% dos executivos de TI da América Latina garantem que irão investir em segurança de TI ainda esse ano. Apesar de não terem dados específicos para o Brasil, espera-se que o Brasil siga liderando esse investimento que o mesmo estudo mostra que o Brasil ocupa a nona posição entre os países com mais aplicações/gastos com TI e Telecom, representando 1,7% de todo o planeta.
De acordo também com o IDC, em seu relatório IDC Predictions 2023, os gastos com soluções de Segurança da Informação devem atingir US$ 1,3 bilhão no Brasil até dezembro de 2023, representando um aumento de 13% em relação ao ano passado. Com o aumento nos gastos de segurança, aumenta-se também a necessidade de crescimento de equipe especializada para o uso de determinadas ferramentas de segurança cibernética. Quando falamos neste tipo de investimento, é muito comum que os investimentos já contem com aumento de equipe das empresas, uma vez que ferramentas específicas exigem conhecimentos específicos.
Vale se atentar, ainda, para a seguinte previsão de um estudo do Google divulgado pelo Portal G1: até o final de 2025, o Brasil terá um déficit de 530 mil especialistas em TI, entre os quais estão incluídos os profissionais de cibersegurança. O estudo revela que “92% das startups mapeadas acreditam que faltam profissionais de TI no País e que isso gera impacto na inovação de seus negócios, podendo até prejudicar a sobrevivência das empresas.”
Por sermos uma empresa pure-player ibero-americana de serviços e soluções em segurança da informação, sabemos o quanto é importante fomentar no mercado informações que possam agregar valor, também, a tudo o que envolva a carreira em cibersegurança. Por isso, reunimos nesse artigo algumas boas práticas para guiar os empregadores nessa jornada.
O que o empregador precisa ter em mente antes de abrir vagas em cibersegurança
Diante da necessidade de preencher posições em TI, incluindo vagas em cibersegurança, muito mais do que focar nas habilidades técnicas e comportamentais dos candidatos, é preciso avaliar o quanto a contratação em questão vai contribuir para a diversidade, equidade e inclusão do negócio. Esse é o alerta de Vanessa Costa, psicóloga e Coordenadora de RH na NovaRed Brasil.
Na visão de Vanessa Costa, é fundamental considerar que a qualidade da jornada do colaborador dentro da companhia está intimamente ligada ao alinhamento entre as habilidades do profissional e o propósito e as boas práticas da organização. É preciso, ainda, ter um especial olhar para orquestrar a pluralidade geracional cada vez mais presente no ambiente corporativo.
Com o gap de talentos aumentando, outra tendência é que as empresas contratem profissionais para treiná-los dentro das funções de cibersegurança e que vão se desenvolvendo dentro da companhia. Para as empresas, a habilidade de treinar e desenvolver esses colaboradores será essencial.
Contudo, vale, ainda, considerar que o mercado de cibersegurança vem mudando ao longo do tempo e a tendência é que profissionais de departamentos que o compõem assumam cadeiras junto a decisores das demais áreas de negócios. Isso faz crescer a demanda por colaboradores com visão estratégica e empreendedora dentro desse setor.
7 habilidade comportamentais muito importantes para quem quer seguir carreira em cibersegurança
Então, não há dúvidas sobre a importância das habilidades técnicas para que um profissional desempenhe bem suas funções dentro de uma companhia, inclusive no preenchimento de vagas em cibersegurança. Porém, Vanessa Costa destaca que o comportamento é um fator que pode ser considerado como determinante no desempate entre dois candidatos tecnicamente iguais ou muito semelhantes.
Essa tendência reflete uma realidade que não é exclusiva da carreira em cibersegurança: é mais fácil capacitar um profissional sobre determinado processo ou sistema do que ensiná-lo, por exemplo, a tratar um colega com empatia. E, especificamente quando o assunto é vagas em cibersegurança, a demanda é por colaboradores com:
1. Capacidade para resolver problemas
No dia a dia, é possível que o profissional de TI se veja diante de situações adversas para as quais não existe uma solução imediata. Muitas vezes, ele ainda é pressionado a melhorar o cenário em um curto espaço de tempo, sem se alterar emocionalmente.
2. Poder de decisão
Constantemente, o profissional de TI é desafiado a, com base na análise de fatos e dados, entender e/ou projetar cenários de maneira ágil, sábia e certeira. Muitas vezes, as escolhas e/ou as orientações dele têm impacto direto nos resultados e nas estratégias do negócio.
3. Saber se comunicar
Foi-se o tempo em que a circulação do profissional de TI dentro da empresa limitava-se à própria bolha. Hoje, é esperado que ele circule entre departamentos, com capacidade para estabelecer diálogo com profissionais dos diferentes níveis hierárquicos.
4. Autogestão
É fundamental que um profissional de TI seja capaz de executar e concluir as atividades atribuídas no prazo determinado e com a qualidade esperada, bem como sinalizar quando precisar de mais recursos, mais informações ou mais prazo para a execução do projeto. Tudo sem a necessidade de que um superior pratique o microgerenciamento das ações.
5. Colaboração
Para que as ações na área de tecnologia da informação tenham sucesso e realmente agreguem valor ao negócio, é imprescindível que os todos colaboradores de TI, incluindo os profissionais de cibersegurança, estejam abertos a se conectar com os demais membros da companhia, principalmente para coletar e compartilhar boas práticas, informações, desejos, necessidades e expectativas com relação ao ambiente digital.
6. Senso de dono
Ao solicitar que um colaborador tenha senso de dono, o empregador espera que esse profissional tenha responsabilidade, atitude e proatividade no dia a dia de trabalho, entendendo que se o negócio prospera, crescem as chances de ele prosperar também.
7. Visão estratégica
Tem visão estratégica o profissional que consegue avaliar os cenários além das situações, dos dados e dos fatos que tem em mãos no momento da análise. Essa habilidade faz com que fique antenado tanto às tendências quanto aos riscos e oportunidades que tenham relação a um projeto e/ou à jornada de uma companhia.
Se a mão de obra qualificada é um desafio, considere contratar um parceiro especializado
As empresas que melhor conseguem recrutar, formar, desenvolver e reter profissionais de cibersegurança são aquelas cujo core business é a segurança da informação ou naquelas em que o negócio está intrinsecamente conectado com a área de tecnologia, como é o caso das instituições financeiras.
Entre as demais companhias, uma estratégia muito utilizada por aquelas consideradas mais maduras tem sido usufruir de mais segurança em tecnologia por meio do estabelecimento de parcerias com empresas cujo foco é a cibersegurança, preferencialmente pure players que ofereçam Serviços Gerenciados de Segurança (MSS), que reduzem drasticamente o risco de um apagão de recursos na corporação.
Enfim, nós sabemos o quanto pode ser desafiador agregar cibersegurança a ambientes digitais cada vez mais complexos. Mas nossos especialistas estão à disposição para esclarecer as suas dúvidas. Vamos agendar uma reunião?