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Tendências de cibersegurança para 2024

Atualmente em um mundo cada vez mais interconectado e digital, a segurança em cibersegurança continua a ser um tópico vital para empresas, governos e indivíduos. À medida que avançamos para 2024, novos desafios e oportunidades emergem no horizonte da segurança digital.

Neste artigo, exploraremos as principais tendências que estão moldando o futuro da cibersegurança. De ataques sofisticados com o uso de inteligência artificial a estratégias como o Zero Trust, passando pelas implicações da segurança em cadeias de suprimentos e a crescente importância do fator humano na segurança digital, abordaremos os aspectos cruciais que os profissionais de segurança e as organizações precisam conhecer para se preparar para os desafios vindouros.

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Cibersegurança e o cenário atual

Conforme a tecnologia avança a cada dia, as ameaças virtuais também crescem.  Sendo assim, é fundamental proteger sistemas corporativos para mitigar os riscos de violação de dados e exposição de informações confidenciais.

Para se ter noção, somente em 2022, foram vazadas cerca de 250 terabytes de dados ao redor do mundo e 43% desses vazamentos ocorreram no Brasil, segundo relatório da Tenable Research. 

Os ataques de ransomware continuam a ser uma das principais ameaças de cibersegurança. Em 2023, os ataques de ransomware geraram um custo de violação de mais de US$ 20 bilhões em perdas. 

Aqui no Brasil, apenas no primeiro semestre deste ano foram quase 1600 ataques ransomware, colocando o nosso país em oitavo lugar em número de ataques desse tipo e demonstrando um aumento de 20% em comparação ao mesmo período do ano passado. 

Dessa forma, empresas públicas e privadas, serviços médicos, varejistas, grandes e pequenas empresas devem se preocupar com a segurança de dados e é sobre as tendências de cibersegurança para o próximo ano.

A cada surgimento de novas tecnologias a segurança de dados pode ser colocada em risco. Dessa forma, é importante usar essas tecnologias também para proteger informações. Veja a quais tópicos se atentar nos próximos meses:

Inteligência artificial e aprendizado de máquina

A inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina (ML) estão se tornando cada vez mais importantes na cibersegurança. Essas tecnologias podem ser usadas para detectar ameaças em tempo real, prever vulnerabilidades e automatizar tarefas de segurança.

Detecção de ameaças em tempo real: a IA pode ser usada para analisar grandes quantidades de dados de logs e tráfego para identificar padrões suspeitos. Isso pode ajudar a detectar ameaças antes que elas causem danos ou levem a cenários agravantes.

Previsão de vulnerabilidades: o ML pode ser usado para analisar dados históricos para identificar vulnerabilidades que podem ser exploradas por cibercriminosos. Assim, é possível que as organizações priorizem as correções de segurança.

Automatização de tarefas de segurança: a IA pode ser usada para automatizar tarefas de segurança, como a análise de logs e a resposta a incidentes. Dessa maneira, as empresas podem ter auxílio na hora de  economizar tempo e recursos.

Previsões importante para 2024

Assim as previsões para o panorama da cibersegurança em 2024 são diversificadas e refletem a evolução constante do cenário digital. Aqui estão as principais tendências identificadas:

Design centrado no ser humano: Segundo o Gartner, cerca de 50% dos CISOs (Chief Information Security Officers) adotarão práticas de design centradas no ser humano. O objetivo é reduzir ruídos operacionais e melhorar a segurança corporativa. Essa abordagem reconhece a importância do fator humano na segurança e busca integrá-lo de maneira mais eficaz nos programas de segurança.

  • Quantificação do risco cibernético: Líderes que buscam quantificar o risco cibernético para tomar decisões podem não ter sucesso. A complexidade e a natureza dinâmica das ameaças cibernéticas tornam a quantificação um desafio significativo.

  • Implementação de Zero Trust: As grandes corporações focarão na implementação de estratégias de Zero Trust, independentemente do porte e segmento. A Zero Trust é uma abordagem de segurança que não confia em nenhum usuário ou dispositivo dentro ou fora da rede da empresa sem verificação.

  • Ataques com inteligência artificial (IA): A inteligência artificial está se tornando mais sofisticada, e agentes mal-intencionados estão usando IA para desenvolver ataques mais complexos, como a automação de tarefas maliciosas. A princípio a expectativa é que, em 2024, haja um aumento no uso de IA em ciberataques. Recentemente, um software malicioso intitulado WormGPT tem causado preocupações no mundo da segurança cibernética. Este programa, apelidado de “ChatGPT do mal”, é projetado para espalhar e-mails de phishing e comprometer contas bancárias para roubar dinheiro de vítimas desavisadas. O WormGPT combina as características de um “worm”, um tipo de malware conhecido por sua capacidade de se auto-replicar e infectar rapidamente um grande número de computadores, com as funcionalidades avançadas de um modelo de linguagem semelhante ao GPT, desenvolvido pela OpenAI. 

  • Direcionamento das cadeias de suprimentos: As cadeias de suprimentos, cada vez mais conectadas, tornaram-se alvos potenciais. Atacar um único ponto pode interromper ou derrubar uma organização inteira. A previsão é de  aumento dos ataques direcionados às cadeias de suprimentos, principalmente aos pontos críticos para infraestrutura e segurança nacional.
  • Segurança na Nuvem: Com a popularização da cloud computing, espera-se um aumento nas ações focadas em sistemas baseados na nuvem. As empresas deverão evoluir suas estratégias de segurança para acompanhar essa mudança.
  • Ameaças persistentes avançadas (APT): As APTs, ataques altamente sofisticados direcionados a organizações específicas, devem se tornar mais comuns. São difíceis de detectar e defender, causando danos significativos.
  • Engenharia Social: As técnicas de engenharia social, que exploram o fator humano, continuarão sendo uma ameaça significativa. Os ciberatacantes usam e-mails, mensagens e links maliciosos para obter acesso a ambientes empresariais. Em 2024, espera-se novas formas de explorar as vulnerabilidades humanas e dos sistemas empresariais.

Estas tendências indicam uma necessidade contínua de inovação e adaptação nas estratégias de cibersegurança, enfatizando a importância de uma abordagem proativa e multifacetada para enfrentar esses desafios.

Conclusão

A cibersegurança é uma área complexa e em constante evolução. Dessa maneira, as organizações precisam estar cientes das últimas ameaças e tendências para proteger seus dados e sistemas. 

Não basta usar a tecnologia apenas para melhorar a rotina de trabalho, obter mais clientes ou trazer facilidades. É necessário se atentar que, ao mesmo passo que crescem as oportunidades de melhoria também aumentam as oportunidades para os criminosos, é preciso estar um passo à frente e investir em cibersegurança sempre.

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