Em um ambiente digital em constante evolução, a segurança de aplicações web é uma prioridade, mas nem sempre simples de colocar em prática. É aqui que entra a OWASP.
A OWASP (Open Web Application Security Project) é uma comunidade aberta e sem fins lucrativos que reúne especialistas do mundo todo com um objetivo em comum: melhorar a segurança de software de forma acessível e colaborativa. Ela oferece guias, ferramentas e boas práticas que ajudam empresas e desenvolvedores a criar aplicações mais seguras desde o início.
O que é o OWASP Top 10?
Entre os recursos mais populares da OWASP está o Top 10, uma lista que reúne os riscos mais críticos de segurança em aplicações web. A lista é feita a partir de dados reais de incidentes e vulnerabilidades observadas na prática, o que garante que ela reflita as ameaças mais relevantes do momento.
Com atualizações regulares, o Top 10 virou referência global por traduzir problemas técnicos em orientações compreensíveis para profissionais de diversas áreas da tecnologia, do desenvolvimento à gestão.
Por que o OWASP Top 10 é importante?
Mais do que uma simples lista de falhas, o OWASP Top 10 funciona como um manual de sobrevivência para equipes de desenvolvimento e segurança. Ele ajuda a identificar, priorizar riscos, entender suas causas e aplicar medidas preventivas ao longo de todo o ciclo de desenvolvimento (DevSecOps).
Além disso, o Top 10 promove uma mudança cultural nas empresas: reforça que segurança não pode ser um adendo ao final do projeto, mas sim uma base estratégica que começa no design da aplicação.
OWASP Top 10: o que mudou na edição 2021
Segundo o site oficial da OWASP, a próxima atualização do Top 10 está prevista para 2025, com a coleta de dados em andamento até dezembro de 2024.
Enquanto a nova edição não é lançada, a versão de 2021 continua sendo a referência mais atual para orientar boas práticas de segurança em aplicações web. Essa versão trouxe atualizações significativas em relação à edição anterior (2017), incluindo:
- 3 novas categorias
- 4 mudanças de escopo
- Diversas consolidações de vulnerabilidades
Abaixo, você confere o Top 10 atualizado com um resumo dos principais riscos e o que mudou em relação à edição anterior:
A01: Quebra de Controle de Acesso
Quando os controles não são bem configurados, usuários podem acessar dados ou funções que não deveriam, como, por exemplo, assumir permissões de administrador sem autorização. 94% das aplicações testadas apresentaram esse tipo de falha.
A02: Falhas criptográficas
Antes chamada de “exposição de dados sensíveis”, agora foca na criptografia como causa raiz, destacando problemas como algoritmos fracos, chaves mal gerenciadas e armazenamento inseguro.
A03: Injeção
Embora tenha caído do 1º para o 3º lugar, continua sendo um risco crítico. Engloba ataques como SQL Injection, que exploram falhas em validação de entrada.
A04: Design inseguro
Nova categoria que reconhece falhas estruturais no planejamento da aplicação. Mostra como decisões de arquitetura impactam a segurança antes mesmo da primeira linha de código.
A05: Segurança de configuração
Consolida problemas como configurações padrão inseguras, mensagens de erro detalhadas e permissões mal definidas.
A06: Componentes vulneráveis e desatualizados
Subiu do 9º lugar e alerta para o uso de bibliotecas, frameworks e pacotes de terceiros com falhas conhecidas.
A07: Falhas de identificação e autenticação
Reúne problemas na validação da identidade de usuários, como sessões mal gerenciadas e autenticação fraca.
A08: Falhas de integridade em software e dados
Nova categoria que aborda riscos como pipelines de CI/CD inseguros, ataques de cadeia de suprimentos e falta de verificação de integridade.
A09: Falhas de Monitoramento e registro
Problemas em detectar, registrar e responder a incidentes de segurança. Impede ações rápidas e eficazes contra invasões.
A10: Server-Side Request Forgery (SSRF)
Também nova na lista, essa vulnerabilidade permite que atacantes forcem o servidor a fazer requisições para recursos internos, expondo sistemas que antes pareciam protegidos.
Como aplicar o OWASP Top 10 no ciclo de desenvolvimento
Integrar os princípios do OWASP ao seu processo de desenvolvimento não é tarefa apenas do time de segurança. É uma prática que exige colaboração entre desenvolvedores, analistas e arquitetos, desde o design até o deploy:
- Avalie sua aplicação frente aos 10 riscos e crie um plano de mitigação.
- Priorize testes de segurança automatizados (DAST, SAST, IAST).
- Mantenha bibliotecas e componentes atualizados e monitorados.
- Estabeleça políticas claras de autenticação, autorização e logging.
- Promova uma cultura de desenvolvimento seguro com capacitação contínua.
Como a NovaRed pode ajudar sua empresa a se proteger
Na NovaRed, temos uma abordagem estratégica para a segurança de aplicações. Com um time especializado e metodologias reconhecidas, ajudamos sua empresa a implementar o OWASP Top 10, na prática, desde a avaliação de riscos até a correção das vulnerabilidades mais críticas.
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